Amamentação: Porquê Amamentar?

Breastfeeding: Why Breastfeed?

 
 
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Está a planear amamentar? Vão fazer-lhe esta questão quando chegar ao hospital para ter o seu bebé. Não é para a pressionar - é para perceber qual é o seu plano, para a melhor poderem ajudar.

Muitas mães não consideram o aleitamento materno como a primeira opção para alimentar o seu bebé, muitas vezes por desinformação ou por mitos e crenças que familiares ou amigos ainda tendem a perpetuar.

Vamos desmistificar algumas dessas crenças em breve, mas primeiro vamos falar dos maiores benefícios do aleitamento materno.

 
 
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Previne doenças na criança

O leite materno previne a incidência e a gravidade de um vasto número de doenças:

  • infeções gastrointestinais (64%);

  • otites (23-50%);

  • infeções respiratórias (72%);

  • asma (27% nos lactentes sem história familiar);

  • enterocolite necrosante, uma lesão na superfície interna do intestino ( 70%);

  • síndrome de morte súbita do lactente (36%);

  • leucemia linfocítica aguda (19%);

  • obesidade (7-24%)

E ainda: diabetes tipo I, doença celíaca, colite ulcerosa, doença de Crohn, má oclusão dentária, infeções do trato urinário, dermatite atópica e ainda melhora os níveis de colesterol.

 
 
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Promove a saúde da mãe

O aleitamento materno tem também benefícios para a mulher que amamenta, nomeadamente na diminuição do risco de hemorragia pós-parto, cancro da mama, cancro do ovário, diabetes tipo II (nas mulheres que não tiveram diabetes gestacional) e ainda atrasa o retorno à fertilidade.

 
 
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Aumenta a vinculação mãe-filho

Sabe-se que a amamentação não se resume à nutrição. Dá conforto, acalma e transmite segurança ao bebé, e as hormonas que produzidas ajudam a mãe a adaptar-se ao seu novo papel, estimulando impulsos de responder às necessidades do bebé (ao choro, por exemplo) e comportamentos “maternais”, como a afetividade e carinho, contacto visual e até mesmo o tipo de linguagem usada com o bebé, aumentando a vinculação mãe-filho.

 
 
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É um alimento vivo que se adapta às necessidades da criança

O leite materno é diferente no 1º dia de vida, no 7º e 30º… O leite materno é um alimento vivo que se vai modificado de acordo com as necessidades específicas e idade da criança. Se a criança adoece, o contacto da sua boca com a mama da sua mãe, potencia a produção materna de anticorpos específicos para a doença em causa, que por sua vez, vai passar pelo leite funcionando como uma “vacina” personalizada.

 
 
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Não tem produtos químicos, artificiais, nem é processado

Mais natural é impossível. O leite materno é para humanos. A Organização Mundial de Saúde e a UNICEF recomendam a alimentação com leite materno em exclusividade até aos 6 meses de idade da criança e depois em complementaridade com outros alimentos até aos 2 anos de vida ou mais, sendo considerada a forma ótima de alimentação infantil.

 
 
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É BASTANTE ECONÓMICO

Quando comparado com leite artificial é bastante mais barato. Aliás, é gratuito. No entanto, devemos ter em conta que implica uma grande disponibilidade da mãe, que tem um valor inestimável.

 
 

ESTÁ PRONTO A SERVIR

Quando a mãe está presente encontra-se à temperatura ideal, dispensando a fervura de água potável e a esterilização dos acessórios e biberões, o que o torna bastante prático e cómodo.

 
 
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é Bem tolerado e de fácil digestão

O leite materno contém enzimas, tais como a amílase, lípase e protéase que auxiliam a digestão. Isto é particularmente vantajoso porque estas enzimas existem em quantidades diminutas até a criança ter cerca de seis meses.

 
 
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Há benefícios a longo prazo, com repercussões até à idade adulta

Na verdade, há vantagens para os adultos que em crianças foram alimentadas com leite materno, nomeadamente uma menor incidência de arterosclerose, melhor níveis pressão arterial, assim como, um maior coeficiente de inteligência, a obtenção de um nível escolaridade mais elevado e ainda um maior rendimento salarial.

 
 

É ecológico

Não são necessárias embalagens, nem obriga a utilização de acessórios. Tem um desenvolvimento sustentável.

 
 

No entanto, alimentar um filho com leite materno é uma opção pessoal, que deve ser tomada pela mãe e pelo casal. Podemos dizer que não um trabalho para uma mulher sozinha - exige muita vontade, apoio da família e dos profissionais de saúde. O início pode não ser fácil, havendo intercorrências e dificuldades muitas das vezes, mas que são facilmente resolvidas com a ajuda de um profissional de saúde.

Se quer amamentar ou ajudar alguém a amamentar, recomendamos que peça sempre ajuda profissional, desde cedo e as vezes que forem necessárias. Existem técnicas para facilitar a amamentação e resolver todos os problemas e dúvidas que possam surgir!

O aleitamento materno é uma ciência, por isso existem cada vez mais profissionais de saúde que são Conselheiros em Aleitamento Materno (CAM) e interessados em ajudar. Pode consultar uma lista de linhas e consultas de apoio à amamentação aqui!


Bibliografia:

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Levy, L., & Bértolo, H. (2012). Manual de Aleitamento Materno: Edição revista 2012 (Comité Português para a UNICEF Comissão Nacional Iniciativa Hospitais Amigos dos Bebés, Ed.). Retrieved from https://unicef.pt/media/1581/6-manual-do-aleitamento-materno.pdf

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